1. O que é leptospirose?
É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente
na urina do rato.
2. Como se pega a leptospirose?
Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos
e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que
tiver contato com a água ou lama contaminadas poderá se infectar. A Leptospira
penetra no corpo pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou
arranhão.
3. Quais os sintomas?
Febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente
nas panturrilhas, coloração amarelada da pele e das mucosas.
4. O que fazer ao manifestar esses sintomas?
Se você apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, alguns dias depois de
ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto, procure
imediatamente o Centro de Saúde mais próximo. Não se esqueça de contar ao
médico o seu contato com água ou lama de enchente.
Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente. A
leptospirose é uma doença curável, e o diagnóstico e o tratamento precoces são a
melhor solução.
5. Quanto tempo demora para a doença aparecer?
Os primeiros sintomas podem aparecer de 1 a 30 dias depois do contato com a
enchente. Na maior parte dos casos, aparece 7 a 14 dias após o contato.
6. Como é feito o tratamento da leptospirose?
O tratamento é baseado no uso de antibióticos, hidratação e suporte clínico,
orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os
casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam
ser internados.
7. Como evitar a doença?
Evite o contato com água ou lama de enchentes e impeça que crianças nadem ou
brinquem em ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos.
Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de
esgotos devem usar botas e luvas de borracha.
8. Por quanto tempo a leptospira sobrevive no meio ambiente?
As leptospiras podem sobreviver no ambiente até semanas ou meses,
dependendo das condições do ambiente. Porém, são bactérias sensíveis aos desinfetantes comuns e a
determinadas condições ambientais. Elas são rapidamente mortas por
desinfetantes.
9. Se o contato com águas suspeitas já ocorreu, qual o risco da pessoa se
contaminar?
Nesta situação, a contaminação da pessoa dependerá de alguns fatores, como a
concentração de leptospiras na água, o tempo que a pessoa ficou em contato com
a água e a possibilidade ou não da penetração da bactéria no corpo humano,
entre outros fatores. Deve -se ficar atento por alguns dias e, se a pessoa adoecer,
deve procurar o médico o mais breve possível, não esquecendo de relatar ter sido
provavelmente exposto a contrair leptospirose.
10. Outros animais podem pegar a doença? Não há risco de transmissão
para o homem por estes animais?
Outros animais são sensíveis à leptospira e podem se infectar, ficarem doentes e
até mesmo morrer de leptospirose. Bois , porcos, cães, cavalos e cabras, dentre
outros, podem sofrer a doença e também transmiti-la ao homem, porém em menor
escala do que os ratos.
11. Se os animais domésticos também podem transmitir a doença, o que
fazer para evitar a contaminação por esta forma?
Os animais domésticos quando são infectados, eliminam a bactéria através da
urina assim como acontece com os ratos; portanto, deve-se tomar especiais
cuidados, evitando-se o contato direto ou indireto com suas excretas.
Os locais onde os animais permanecem e urinam devem ser higienizados
diariamente, utilizando-se luvas e botas para proteção das mãos e pés, evitando o
contato com a urina desses animais.
12. Qualquer pessoa pode ter a doença?
Sim, qualquer pessoa pode pegar leptospirose. Tem-se observado que a maior
freqüência de casos acontece em indivíduos do sexo masculino, na faixa de 20 a
35 anos, provavelmente pela maior exposição a situações de risco, quer seja em
casa, quer seja no trabalho.
13. Uma pessoa com leptospirose transmite a doença para outra pessoa?
Não, a leptospirose não é contagiosa. Não há transmissão de uma pessoa para
outra. É transmitida entre os animais e dos animais para o homem, sempre pelo
contato da urina do animal com a pele do homem.
14. Existe o risco da pessoa contrair leptospirose bebendo líquido em
latinhas de refrigerantes, sucos, cerveja ou água?
através da pele ou mucosas, já foi descrita pela ingestão de água ou alimentos
contaminados com a urina de ratos, ainda que raramente. Se for ingerida, a
leptospira morre ao entrar em contato com o suco gástrico. A possibilidade da
pessoa se infectar bebendo em latinhas contaminadas com a urina de ratos é teoricamente possível, se houver uma ferida na boca, que possa permitir a entrada
da leptospira no organismo pela circulação sangüínea. Apesar desse risco teórico,
até o momento não foram comprovados casos de transmissão de leptospirose por
latinhas de cerveja, refrigerantes ou outras bebidas envasadas. De qualquer
modo, é essencial que se lave bem com água limpa qualquer latinha ou recipiente
antes de ser levado à boca, para não se correr o risco de contaminação por algum
tipo de bactéria.
15. Existe vacina contra a leptospirose?
No Brasil não existe nenhuma vacina contra a leptospirose para seres humanos.
Existem vacinas somente para uso em animais, como cães, bovinos e suínos.
Esses animais devem ser vacinados todos os anos para ficarem livres do risco de
contrair a doença e diminuir o risco de transmiti-la ao homem.
16. O que os municípios devem fazer para prevenir a ocorrência da
leptospirose na população?
Os municípios devem implementar ações integradas com os setores de Obra,
Saneamento, Agricultura, Habitação e Educação, de forma a reduzir ou eliminar as
condições para a proliferação dos roedores. Além disso, as secretarias estaduais
e municipais de saúde são responsáveis pelo atendimento e tratamento de
doentes e pela vigilância de casos de leptospirose em humanos, bem como pelo
controle de roedores em vias e logradouros públicos e áreas onde a leptospirose
ocorre.
17. O que a população deve fazer para ajudar a prevenir a ocorrência da
leptospirose?
A população tem a sua parcela de responsabilidade na prevenção da doença. Ela
pode e deve procurar manter o ambiente impróprio para a instalação de roedores,
conforme já foi descrito, e utilizar-se de medidas de proteção individual, quando se
expuser a situações de risco.




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